Brasil Não consegue abaixar as conta de luz


Por que o Brasil não consegue baixar a conta de luz?

Tornar a energia mais barata é uma medida positiva, mas a proposta para reduzir em 20% o valor pago pelos brasileiros enfrenta a desconfiança do mercado e a resistência das empresas

Mariana Queiroz Barboza
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IMPACTO POSITIVO
Edifício Copan em destaque na noite de São Paulo: energia barata
beneficia consumidores e aquece a economia
Não é novidade que o Brasil tem uma das energias mais caras do mundo, apesar de a maior parte dela ser gerada por usinas hidrelétricas, uma fonte limpa e barata. A queda do preço cobrado pela eletricidade é uma demanda antiga. Por isso, diversos setores da sociedade aplaudiram a intenção do governo de reduzir, em média, 20% do valor pago nas contas de luz a partir do ano que vem. A medida é mais uma tentativa de acelerar o crescimento da economia, aumentando a competitividade da indústria, reduzindo a inflação e beneficiando diretamente os consumidores. Como aconteceu no primeiro semestre, quando os bancos foram pressionados pela presidenta Dilma Rousseff a reduzir suas taxas, agora as companhias elétricas reclamam da falta de transparência e da perda significativa de receitas. Na próxima semana, o prazo para a adesão à proposta do governo se encerra, mas a medição de forças no setor parece longe de terminar.
O que a Medida Provisória 579 propõe é uma renovação antecipada de contratos de concessão de geração e transmissão de energia que vencem entre 2015 e 2017. Em troca da queda de preços (16,2% para residências e de até 28% para grandes indústrias), as empresas não só seriam beneficiadas por uma prorrogação de até 30 anos, mas também pelo recebimento de indenizações por ativos não amortizados – em outras palavras, investimentos que ainda não foram totalmente quitados. Quem não aceitar, vai ter que devolver os ativos à União ao final do contrato. O problema é que as elétricas não concordam com os valores oferecidos pelo governo, considerados baixos demais. No caso da Eletrobras, por exemplo, foi proposta uma indenização de R$ 14 bilhões, menos da metade do que a estatal calculava, mas o equivalente a 70% do que o governo pretende distribuir entre todas as concessionárias. A notícia caiu como bomba no mercado financeiro, que tem castigado as ações das elétricas. As empresas mais afetadas (Eletrobras, Cemig, Cesp, Copel e Cteep) perderam quase 30% de seu valor de mercado desde o anúncio da medida, segundo a consultoria Economática. Mesmo assim, é esperado que a Eletrobras aceite as novas regras.

fonte   http://www.istoe.com.br

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