Minas tem aumento em 500% ao ataques em caixa eletrônicos
Além do trabalho de reestruturar administrativamente a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), o secretário Rômulo Ferraz, que assumiu o comando da pasta na última segunda-feira, tem como uma das principais missões conter a onda de violência que avança em Minas.Uma ocorrência, ontem, de explosão de caixa eletrônico em uma agência do bairro Petrolândia, na divisa de Betim com Contagem, na região metropolitana da capital, engrossou as estatísticas do Estado sobre esse tipo de ação.
A Polícia Militar não tem levantamento sobre a quantidade de ocorrências registradas, mas um levantamento feito pela reportagem de O TEMPO revela números preocupantes. Enquanto em 2011, a média mensal de ataques a caixas eletrônicos não passava de um caso, com 12 registros ao longo do ano, nos três primeiros meses de 2012, com 18 ataques, a média mensal no Estado pulou para seis. Uma elevação de 500% nas estatísticas.
Os dados mostram que Minas segue um caminho perigoso, como acontece em outros Estados, ao exemplo de São Paulo, que, neste ano, registrou pelo menos 91 casos de explosões de caixas eletrônicos. O que chama a atenção também é que esse tipo de ocorrência, antes mais comum em cidades do interior, agora avança para a região metropolitana.
No crime de ontem, cinco homens fugiram com gavetas onde são armazenadas as cédulas depois de explodirem três caixas eletrônicos do banco Itaú. O valor do roubo não foi revelado.
Dos ataques ocorridos neste ano em Minas, três foram em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Uberlândia, na mesma região, registrou duas ocorrências. Só em dezembro do ano passado, em um intervalo de apenas 11 dias, Uberaba, também no Triângulo, foi alvo quatro vezes da ação de criminosos com explosivos.
A falta de informação da polícia sobre essa nova modalidade criminosa é criticada pelo pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Crisp) Luis Felipe Zilli. "Falta investimento em informação qualificada. Se a polícia não levantar as informações, não conseguirá planejar ações. A questão da inteligência é um gargalo de muitos anos no Estado".
Segundo o major Sandro de Souza, da assessoria de comunicação da corporação, a ordem do comandante geral da Polícia Militar, coronel Márcio Sant’ Ana, é que os setores de inteligência da corporação façam o levantamento dos casos e apresentem estratégias para combater esse tipo crime. "Os comandantes das regiões já são orientados e têm autonomia para atuar na proteção aos bancos", afirmou o major Marcone Cabral, também assessor da PM.
O chefe do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio, Islande Batista, informou que, ao contrário de outros Estados onde os ataques a caixas eletrônicos são articulados por quadrilhas organizadas, em Minas, 90% dos ataques são praticados por criminosos oportunistas. "Os caixas estão em locais vulneráveis, sem a devida segurança. Por isso, a maioria das ocorrências é no interior".
Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que os bancos investem anualmente quase R$ 10 bilhões em segurança. (Com Natália Oliveira)
A Polícia Militar não tem levantamento sobre a quantidade de ocorrências registradas, mas um levantamento feito pela reportagem de O TEMPO revela números preocupantes. Enquanto em 2011, a média mensal de ataques a caixas eletrônicos não passava de um caso, com 12 registros ao longo do ano, nos três primeiros meses de 2012, com 18 ataques, a média mensal no Estado pulou para seis. Uma elevação de 500% nas estatísticas.
Os dados mostram que Minas segue um caminho perigoso, como acontece em outros Estados, ao exemplo de São Paulo, que, neste ano, registrou pelo menos 91 casos de explosões de caixas eletrônicos. O que chama a atenção também é que esse tipo de ocorrência, antes mais comum em cidades do interior, agora avança para a região metropolitana.
No crime de ontem, cinco homens fugiram com gavetas onde são armazenadas as cédulas depois de explodirem três caixas eletrônicos do banco Itaú. O valor do roubo não foi revelado.
Dos ataques ocorridos neste ano em Minas, três foram em Ituiutaba, no Triângulo Mineiro. Uberlândia, na mesma região, registrou duas ocorrências. Só em dezembro do ano passado, em um intervalo de apenas 11 dias, Uberaba, também no Triângulo, foi alvo quatro vezes da ação de criminosos com explosivos.
A falta de informação da polícia sobre essa nova modalidade criminosa é criticada pelo pesquisador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG (Crisp) Luis Felipe Zilli. "Falta investimento em informação qualificada. Se a polícia não levantar as informações, não conseguirá planejar ações. A questão da inteligência é um gargalo de muitos anos no Estado".
Segundo o major Sandro de Souza, da assessoria de comunicação da corporação, a ordem do comandante geral da Polícia Militar, coronel Márcio Sant’ Ana, é que os setores de inteligência da corporação façam o levantamento dos casos e apresentem estratégias para combater esse tipo crime. "Os comandantes das regiões já são orientados e têm autonomia para atuar na proteção aos bancos", afirmou o major Marcone Cabral, também assessor da PM.
O chefe do Departamento de Investigação de Crimes contra o Patrimônio, Islande Batista, informou que, ao contrário de outros Estados onde os ataques a caixas eletrônicos são articulados por quadrilhas organizadas, em Minas, 90% dos ataques são praticados por criminosos oportunistas. "Os caixas estão em locais vulneráveis, sem a devida segurança. Por isso, a maioria das ocorrências é no interior".
Em nota, a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) informou que os bancos investem anualmente quase R$ 10 bilhões em segurança. (Com Natália Oliveira)
ASSALTO
Família de gerente de banco é feita refém em Sabará
A família de um supervisor de atendimento da Caixa Econômica Federal (CEF) foi mantida refém durante a madrugada e parte da manhã de ontem. As vítimas só foram liberadas por volta de 13h. A polícia não soube informar se os criminosos conseguiram o dinheiro exigido do gerente. Até ontem à noite, nenhum dos suspeitos havia sido localizado.
A mulher, uma filha do gerente, de 20 anos, e uma funcionária da família foram rendidas na casa do funcionário, em Sabará, na região metropolitana. O roubo aconteceu em uma agência do bairro Alípio de Melo, na capital.
Segundo o delegado Islande Batista, que acompanhou o caso, os ladrões chegaram a exigir que o bancário depositasse o dinheiro em uma conta indicada por eles.
O crime. O superintendente da Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte, Ronaldo Rogini, contou que o supervisor chegou à agência às 8h, no horário em que normalmente inicia o expediente e avisou aos colegas que sua família estava em poder de criminosos. "Por telefone, sabíamos que eles estavam rodando de carro com as três".
Agentes da Polícia Federal ajudaram o supervisor a negociar com os bandidos. Somente as 13h30, o banco foi avisado de que as vítimas tinham sido libertadas em Sabará. A investigação vai ficar a cargo da Polícia Federal. (Lucas Simões)
Sem serviço
Reclamação. A agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Alípio de Melo, onde o supervisor de atendimento trabalha foi fechada às 9h. Ao perceberem o comunicado na porta do banco, muitos clientes se revoltaram.
Fonte http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=199124,OTE&IdCanal=6
A mulher, uma filha do gerente, de 20 anos, e uma funcionária da família foram rendidas na casa do funcionário, em Sabará, na região metropolitana. O roubo aconteceu em uma agência do bairro Alípio de Melo, na capital.
Segundo o delegado Islande Batista, que acompanhou o caso, os ladrões chegaram a exigir que o bancário depositasse o dinheiro em uma conta indicada por eles.
O crime. O superintendente da Caixa Econômica Federal em Belo Horizonte, Ronaldo Rogini, contou que o supervisor chegou à agência às 8h, no horário em que normalmente inicia o expediente e avisou aos colegas que sua família estava em poder de criminosos. "Por telefone, sabíamos que eles estavam rodando de carro com as três".
Agentes da Polícia Federal ajudaram o supervisor a negociar com os bandidos. Somente as 13h30, o banco foi avisado de que as vítimas tinham sido libertadas em Sabará. A investigação vai ficar a cargo da Polícia Federal. (Lucas Simões)
Sem serviço
Reclamação. A agência da Caixa Econômica Federal, no bairro Alípio de Melo, onde o supervisor de atendimento trabalha foi fechada às 9h. Ao perceberem o comunicado na porta do banco, muitos clientes se revoltaram.
Fonte http://www.otempo.com.br/otempo/noticias/?IdNoticia=199124,OTE&IdCanal=6
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