Código de Barras da Vida
EcoD
Projeto do Instituto Ecodesenvolvimento
Adital
DNA Barcoding faz a identificação das espécies por
meio de um marcador genético/Foto: Meryabad
A intenção desse código de barras não é facilitar o comércio de animais e nem vender pessoas no mercado. Na verdade, o Código de Barras da Vida ou do DNA (DNA Barcoding, em inglês) é um marcador genético que serve para catalogar espécies e avaliar a biodiversidade existente no planeta.
A ideia, apresentada o folheto doProjeto Internacional do Código de Barras da Vida (iBOL, na sigla em inglês), é ambiciosa: criar um mundo em que você possa saber o nome de qualquer animal, qualquer planta, qualquer fungo, qualquer organismo – no local, num instante, em qualquer lugar do nosso planeta.
O método utiliza um trecho do DNA de cerca de 650 nucleotídeos como marcador para caracterizar espécies. A sequência é considerada extremamente curta em relação à totalidade do genoma, que nos humanos, por exemplo, possui cerca de três bilhões de pares de bases.
A identificação é possibilitada com essa sequência curta porque a ordem dos nucleotídeos nesse trecho de DNA é semelhante entre os indivíduos, mas divergente em relação às diferentes espécies.
O método, que tende a ser rápido e barato, identifica uma espécie a partir de uma pequena amostra de tecido, possibilitando aplicações que vão desde o combate à biopirataria até o controle de pragas e a investigação forense.
Biodiversidade ainda é pouco conhecida/Foto: Montuno
Organização
O DNA Barcoding foi proposto primeiramente pelo iBOL (Projeto Internacional do Código de Barras da Vida). No entanto, há outras iniciativas que utilizam o método conhecidas. Tal qual o Consórcio para o Código de Barras da Vida (CBOL – Consortium for the Barcode of Life) e a Iniciativa em Peixes do Código de Barras da Vida (FISH-BOL – Fish Barcode of Life Initiative), de abrangência internacional, e a brasileira Rede Brasileira de Identificação Molecular da Biodiversidade (BrBol).
A intenção é que, além da identificação rápida, o DNA barcoding catalogue as espécies em um imensobanco de dados, tal qual o Enciclopédia da Vida (EOL - Encyclopedia of Life), projeto do qual o Consórcio para o Código de Barras da Vida (CBOL) é colaborador.
Uma das controvérsias do método são algumas falhas decorrentes do sequenciamento curto, uma vez algumas espécies abrigam grande diversidade e mesmo assim funcionam como uma unidade evolutiva. O contrário também ocorre: duas espécies podem seguir rumos evolutivos independentes mesmo com materiais genéticos muito semelhantes - porque talvez não tenha passado ainda tempo suficiente para que as diferenças se acumulassem.
Por isso, alguns pesquisadores acreditam que a iniciativa pode ser boa como ferramenta adicional ao entendimento da diversidade biológica, e não como substituto das formas tradicionais de pesquisa em taxonomia e sistemática
http://www.adital.com.br
Fonte
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